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A um passo da final

Segundo fim de semana da peteca masculina na Olimpíada UFU é marcada por final antecipada, jogos mais disputados e duelos de alto nível


Por João Marcelo Pozatti


Peteca masculina é um dos esportes que mais ganha adeptos no esporte universitário. Foto: João Marcelo Pozatti

O segundo fim de semana da peteca masculina começou logo cedo, às 8h da manhã na quadra da ESEBA. O primeiro confronto do dia, entre Monetária e Biológicas, foi marcado pela presença das torcidas que gritaram muito e empurraram os atletas até o fim.


O jogo estava ótimo, com muito equilíbrio. No primeiro set a dupla da Monetária começou bem, e conseguiu abrir vantagem, deixando o placar em 14 a 7. Na sequência do set, mesmo com pontos disputados, a dupla da Biológicas errou muito e a Monetária, após mais um erro não forçado a dupla de branco e azul, manteve o domínio e ganhou o primeiro set pelo placar de 25 a 14.


O set final também iniciou equilibrado e com belíssimos pontos de ambas as equipes. Vale destacar que a maioria das jogadas era definida pela regra dos 20 segundos. Na virada de lado, a equipe do tamanduá tinha uma pequena vantagem e vencia por 12 a 9. Desconcentrada após a parada, a dupla da Biológicas errou muito novamente e a Monetária conseguiu abrir uma vantagem de nove pontos no placar. E após mais um erro não forçado da dupla da Biológicas, a Monetária venceu o segundo set pelo placar de 25 a 15 e garantiu sua vaga na semifinal da Olimpíada.


O segundo jogo do dia aconteceu entre Moca e Educa. Diferentemente do primeiro confronto, a quadra da ESEBA estava vazia, já que as duas atléticas também se enfrentaram no futebol de campo no mesmo horário da partida da peteca. O silêncio da quadra deixou o jogo ainda mais tenso. O primeiro ponto da partida foi da Moca, mas rapidamente a Educa abriu vantagem e o time de Monte Carmelo pediu o primeiro tempo da disputa. Após a parada, a dupla da atlética do cachorro manteve a curta vantagem, encaminhando a vitória no primeiro set: 25 a 20 para a Educa.


A atlética azul e laranja começou o set decisivo acelerando o jogo, e, logo no início, abriu 5 a 0 contra a Moca. A dupla de Monte Carmelo sentiu muito o início ruim e, na troca de lados, já perdia por 12 a 5. A Educa manteve o controle do jogo e a vantagem até o fim, e, após dois erros não forçados da dupla da Moca, fechou o set com certa facilidade, vencendo-o por 25 a 13 e se classificando para a próxima fase onde vai disputar a semifinal com uma das favoritas da competição: a Computação.


O aluno de Educação Física da UFU e atleta da Educa, João Marcos Alves, falou ao ARQ UFU sobre a expectativa: “Mesmo eles sendo os favoritos, independente de quem se classificar vai ser um jogo ‘pau a pau’. Estou muito ansioso para esse confronto e acho que temos chances sim de levar a vitória", disse o representante da atlética antes mesmo do confronto vencido pela Computação.


E justamente às 10h da manhã, também na quadra da ESEBA, aconteceu o jogo mais aguardado por muitos dos conhecedores e amantes da Peteca na Olimpíada. Engenharia UDI e Computação, as duas mais tradicionais equipes do esporte e favoritas ao título, se enfrentaram em clima de final antecipada, com a presença das duas torcidas. As equipes, que vinham de duas vitórias tranquilas, teriam um grande desafio pela frente e já sabiam que, quem se classificasse, enfrentaria a Educa na semifinal.


O primeiro ponto do jogo foi da Computação, após fim dos 20 segundos. A partida começou tensa e com ótimos rallys, e as duas atléticas seguiram ponto a ponto até a virada de lados, momento em que o placar era de 12 a 11 para o time azul e branco. Depois da parada, a dupla da Computação, mais intensa no jogo, conseguiu abrir vantagem de 16 a 9. A Engenharia não resistiu ao bom momento da Computação e perdeu o primeiro set por 25 a 17.


O segundo set começou equilibrado, as torcidas faziam muito barulho na arquibancada e tentavam empurrar seus atletas. Com pontos lá e cá, a liderança da partida foi mudando de lado a cada ponto do jogo. Com certeza era o set mais equilibrado da competição até aquele momento. Na virada de lado, a Comp vencia por 12 a 11, e, após a parada, a Engenharia UDI esfriou e começou a errar seguidas vezes. A dupla azul e branca, concentrada no jogo, abriu vantagem e, dali para frente, não deu mais para a Charanga, que, com um saque errado, deu adeus à competição da peteca masculina. Final de segundo set, Computação 25 a 18 Engenharia UDI. Comp classificada para a próxima fase e mais próxima ainda de uma medalha.


Um dos destaques da competição, o jogador da Computação, Matheus Prandini, comentou sobre a importância de vencer um "clássico" como esse e lembrou também do espírito de amizade e fraternidade existente na Peteca Universitária da UFU.


“Bom vencer uma final antecipada, foi muito bom cara. Queria dar os parabéns para a equipe da Engenharia que jogou muito. Nós até treinamos juntos essa semana, são pessoas, amigos, que convivem com a gente fora da competição, mas hoje a gente tava no nosso dia”.


Ele também agradeceu muito seu parceiro de equipe, o atleta da Computação Pedrão, que nesse ano também encerrará suas participações na Olimpíada: “Queira agradecer o Pedrão. Conheço ele já há muitos anos e dessa vez estamos encarando cada jogo como se fosse o último. A gente já combinou que essa vai ser a nossa última Olimpíada, então fico muito feliz de chegar a semifinal e agora é ir atrás do nosso objetivo né, que é o ouro”, completou Matheus Prandini.


Equipe de peteca masculina da Computação. Foto: João Marcelo Pozatti

Na parte da tarde, aconteceu o último confronto das quartas de final, A Medicina UFU enfrentou a Odonto na quadra da ESEBA, em duelo que teve a presença dos torcedores das duas atléticas. O primeiro set, apesar do início equilibrado, contou com muitos erros de ambas as equipes, e quem errou menos conseguiu sair na frente. Após abrir vantagem, a Medicina aproveitou três erros não forçados seguidos da equipe do Panda nos últimos pontos e venceu o primeiro set por 25 a 13.


O segundo set começou bem equilibrado, com as duas equipes mais concentradas e focadas na vitória. Os times seguiam empatados até a virada de lados e foram muito empurrados por gritos e músicas dos torcedores presentes na arquibancada. Depois da parada, a Odonto se desconcentrou e entregou os três primeiros pontos seguintes para a Med, que abriu vantagem e vencia por 14 a 11.


A Med continuou melhor na reta final do set e, com a ajuda da sua torcida, sacramentou a vitória por 25 a 13, mesmo placar do primeiro set e vaga garantida para a semifinal. Guilherme Augusto, estudante de Medicina e atleta da Medonha, falou um pouco sobre o jogo e a classificação: “Feliz demais pela vitória, pelo jogo, poder contar com essa torcida aqui não tem preço. Nós sabíamos que tínhamos uma dupla melhor, ganhamos e agora ‘bora’ pra cima, tentar o ouro com certeza”.


Time de peteca masculina da Medicina UFU comemora a classificação para as semis junto da sua torcida. Foto: João Marcelo Pozatti

A competição da peteca ainda não tem datas e horários definidos para a realização dos confrontos semifinais e finais, mas os duelos já estão confirmados. Confira abaixo:


Computação x Educa


Medicina x Monetária

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