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Duelo eletrizante e classificações de favoritas marcam as quartas de final do handebol feminino

Jogos foram realizados durante o domingo, 6 de novembro, no G1, e quatro atléticas chegaram à semifinal da Olimpíada UFU, enquanto quatro times se despediram


Por Pedro Bueno

Agrárias e Direito protagonizaram o grande jogo de handebol feminino da Olimpíada UFU. Foto: Ítana Santos

Teve emoção. Muita emoção mesmo. As quartas de final do handebol feminino foram realizadas em 6 de novembro (domingo), no G1, no Campus Educação Física. Com estas partidas, as semifinais da modalidade na Olimpíada UFU foram decididas e ocorrerão neste próximo domingo, 20 de novembro.


Dentro de quadra, o torneio universitário foi palco de grandes duelos, incluindo uma vitória eletrizante que arrancou suspiros de todas as pessoas presentes. No grande jogo de handebol feminino da Olimpíada UFU até então, a Agrárias derrotou o Direito por um gol de diferença e comemorou bastante.


Já as outras classificadas não viveram o drama das meninas da Agrárias. No primeiro jogo do dia, a Medicina teve dificuldade, principalmente no segundo tempo, mas venceu a Monetária. O duelo seguinte foi entre Artes e Engenharia, que não teve pena e venceu por 15 gols de diferença. Já a Educa atropelou a Odonto na etapa final do confronto e venceu com uma margem de 11 bolas na rede.


Veja abaixo detalhes de cada jogo e as datas, horários e local das semifinais do handebol feminino.


Medicina x Monetária


As quartas de final do handebol feminino iniciou com o duelo entre Medicina e Monetária. O time da ‘saúde’ havia eliminado a Aplicada na fase anterior e venceu a equipe do ‘financeiro’, que tinha desclassificado a Biológicas nas oitavas. O placar do G1 marcou 21 a 18 para a Med.


No primeiro tempo, a vitória da Medicina aparentava estar encaminhada, visto que os primeiros 25 minutos terminaram com 12 a 6 no placar. No entanto, a Monetária reagiu, contando com o brilho da sua camisa 11, Mariana Castilho, e até venceu o segundo tempo por 12 a 9. A questão é que a boa etapa final da atlética não compensou as falhas da primeira parte.


Com isso, a Med derrotou o complicado adversário por três gols de diferença. Uma das estratégias da equipe foi a marcação individual em Castilho, e o técnico Denilson Cabral, conhecido como Coração, falou sobre a ideia de jogo ao ARQ UFU.


“Em alguns momentos da partida e também contra algumas equipes, a gente precisa modificar o nosso jogo. A gente joga um pouquinho mais baixo, saindo aos poucos e, dependendo da equipe, que tem às vezes uma jogadora que define melhor ou até que o ataque é concentrado nela, a gente define nossas melhores jogadores para marcar um pouquinho mais alto, para tirar esse passe, para tirar esse arremesso de fora”, disse o comandante da Medicina.


O time, o treinador e a torcida: a combinação que levou a Medicina para a semifinal. Foto: Ítana Santos

A escolhida do treinador Coração foi Beatriz Menezes. A atleta da Medicina saiu em vários momentos para apertar a marcação em Castilho, visto que a jogadora estava muito bem. Também em entrevista ao Arquibancada UFU, a estudante detalhou a sua evolução nesta função específica.


“Eu não tinha muita experiência em marcar individualmente, mas ao longo dos treinos eu tenho melhorado essa questão e pra mim é uma honra ser escolhida para marcar a melhor pontuadora deles. Então eu estou muito feliz com o resultado do jogo, muito feliz com o desempenho do meu time e muito feliz de ter jogado contra um time tão competente como o da Monetária”, relatou a estudante de Medicina.


Beatriz ainda comentou sobre a próxima fase. Com a classificação, a Med duelará com a Educa e a jogadora detalhou as estratégias pensando na semifinal. “A gente deve trabalhar os erros que a gente teve aqui hoje, melhorar as nossas melhores qualidades e esperar o melhor”.


Engenharia x Artes


Mesmo nas quartas de final, o domingo, 6 de novembro, ficou marcado pela estreia das favoritas, que haviam se classificado diretamente para esta fase devido ao chaveamento: Educa e Engenharia UDI. A primeira que entrou em campo foi a representante da bateria Charanga e a vitória foi tranquila.


Dominando do início ao fim, a Engenharia derrotou a Artes por 22 a 7. O time ‘artístico’ havia eliminado a Psicologia na fase anterior, mas não viveu um dia positivo e não esteve, em nenhum momento, à frente no placar. Inclusive, a vantagem de 16 a 4 no primeiro tempo já havia consolidado a classificação das futuras engenheiras.

A Engenharia dominou o jogo contra a Artes. Foto: Ítana Santos

Mesmo em uma partida rapidamente decidida, um aspecto tático chamou a atenção. A Engenharia UDI revezava atletas durante todo o jogo. Hanna Tiago era usada quando o time estava defendendo, mas quando a equipe recuperava a bola, ela saía para a entrada de Bárbara Lopes. As duas estudantes conversaram com o ARQ UFU e comentaram estas trocas rápidas.


“Então, o técnico usa o melhor das jogadoras. Naquele momento, a Hanna defendia melhor e eu atacava melhor. Por isso a gente ficava invertendo. E para nós é bom porque a gente coloca em prática aquilo que a gente sente mais confortável em fazer: eu atacando e ela defendendo”, disse Bárbara.


“A gente também consegue descansar durante o período que a outra está ali correndo. A gente consegue ter esses intervalos do jogo e também é muito bom para que a gente possa ficar de fora vendo o que está acontecendo dentro da quadra e conseguir agir da melhor forma possível”, detalhou Hanna.


As atletas também foram perguntadas sobre iniciar a competição a partir das quartas de final, em vez de disputar as oitavas. Era possível que a Engenharia sentisse falta de ritmo de jogo, mas o placar e a fala das atletas não condiz com a expectativa.


“Acho que foi tranquilo. A gente sabe que os primeiros jogos têm menos intensidade, então a gente pôde treinar um pouco mais e evitar contusões que poderiam acontecer”, pontuou Bárbara, enquanto Hanna destacou a sua visão sobre o tema. “Ao mesmo tempo que a gente também utilizaria desses primeiros jogos para treinar bastante”.


Educa x Odonto


Outra atlética que estreou diretamente nas quartas de final foi a Educa e, assim como a Engenharia, não sentiu o ritmo de jogo, visto que venceu tranquilamente. O primeiro tempo foi mais equilibrado, terminando com 9 a 7 no placar. No entanto, ‘as donas da casa’ protagonizaram uma etapa final avassaladora e venceram por 24 a 13.


A grande jogadora da partida foi Ana Vitória, conhecida como Tita. Autora de incríveis 14 gols na partida, a atleta conversou com o ARQ UFU e falou sobre o seu estilo de jogo, que conta com muita velocidade. “Eu sempre joguei na correria por ser muito rápida, sempre fui de fazer finta. É algo a que estou mais acostumada”.


Com várias bolas na rede em contra-ataques, Tita comandou a Educa em busca da classificação, mas assustou a torcida no fim do primeiro tempo. A atleta sofreu uma falta e deixou a quadra chorando. Porém, felizmente, não era nada demais e, após colocar gelo no tornozelo, voltou a jogar e decidiu o duelo.


“Então, na hora eu senti que a menina caiu em cima de mim. Eu assustei muito porque eu pensei que tinha machucado, mas depois eu saí, dei uma desacelerada e consegui jogar. Por mais que no jogo eu senti muita dor, eu consegui voltar e ajudar o time”, relatou Tita.

Autora de 14 gols, Tita tenta pular antes da linha para arremessar no gol da Odonto. Foto: Ítana Santos

A vitória foi tranquila e a Educa já pensa na próxima fase, quando enfrentará a Medicina, no seu segundo jogo nesta Olimpíada UFU. A artilheira do dia, Tita, comentou a entrada da Educa nas quartas de final e confessou que gostaria de iniciar desde as oitavas.


“Então eu acho que seria bom [estrear antes], porque é a primeira vez que eu estou participando da Olimpíada, então foi o primeiro jogo de handebol mesmo. Então teria sido bom a gente ter jogado antes, mas também não fez muita diferença, porque a gente veio aqui, jogou e conseguiu fazer o que a gente queria”, concluiu Tita.


Agrárias x Direito


Caso tivesse presenciado os jogos de todos os esportes da Olimpíada UFU de 2022, poderia cravar que este foi o duelo mais emocionante. Porém, após acompanhar apenas as partidas do handebol feminino, é possível afirmar que este foi, sem dúvidas, o grande jogo da competição. Emoção, adrenalina e sufoco até os últimos segundos. As torcidas apaixonadas foram premiadas com um espetáculo de handebol.


Dentro de quadra, Agrárias e Direito protagonizaram um jogo eletrizante e equilibradíssimo, com diversas trocas na liderança do placar e um empate constante, isto é, se uma equipe abrisse o placar, a outra igualava em sequência. Definitivamente, foi um grande duelo.


Porém, como trata-se de um esporte, alguém tem que ganhar e, consequentemente, alguém tem que perder. E isto foi positivo para a Agrárias. A atlética acertou a mão nos minutos finais, segurou a vantagem e conseguiu vencer no ‘apagar das luzes’ por 16 a 15. A diferença de um gol contra o Direito foi a menor vantagem de qualquer time nesta edição do handebol na Olimpíada UFU.

A vibração da Agrárias após vencer o jogo mais apertado da competição. Foto: Ítana Santos

Por toda a adrenalina sentida durante o confronto, a atleta Amanda Assis definiu o jogo como o mais ‘doido’ da sua vida. Autora de cinco dos 16 gols da Agrárias na partida, a estudante falou sobre o grande duelo do dia.


“Meu deus do céu, que jogo maluco! Acho que foi o jogo mais doido da minha vida. Uma hora a gente ficou com duas jogadoras na quadra e acho que a gente não levou nenhum gol nesse meio tempo. A gente errou muito assim. A goleira [do Direito] catou demais, nossa defesa começou muito mal e depois melhorou, mas, nossa, estou feliz demais. Estou nem acreditando, que jogo difícil!”, pontuou a atleta.


Mesmo com a vitória e a classificação, Amanda fez questão de enaltecer as jogadoras do Direito, que também fizeram grande partida. “As adversárias também jogaram muito bem. Nossa, a goleira [Sofia Paixão, do Direito] jogou muito bem mesmo. Parabéns a todo mundo. Eu acredito que elas também saíram muito felizes, porque ninguém jogou mal”.


Por outro lado, Luísa Bougleux, pivô do Direito, comentou a sensação depois de uma derrota dramática. Obviamente, a desclassificação não era o que a equipe desejava, mas a qualidade do confronto com a Agrárias serve de consolo às atletas do Guará.


“Todo mundo que estava naquela quadra deu 100% de si, dando sangue. O nosso sangue ficou naquela quadra. Então, com certeza eu saí com sentimento de dever cumprido. Eu entreguei tudo que eu treinei nesse ano inteiro. A equipe em si também. Então eu não consegui ficar triste de forma alguma”, disse a estudante.


Ainda em entrevista ao ARQ UFU, Luísa destacou os feitos das vencedoras, mas também o orgulho em relação ao desempenho do seu time. “Eu acho que é mérito das meninas da Agrárias também. Elas jogam muito e eu fiquei muito feliz de ver que o nosso time, que é um time novo, consegue bater de frente com elas”.


Semifinais do handebol feminino na Olimpíada UFU

Engenharia UDI x Agrárias - 20/11 - 9h20 - G2

Educa x Medicina - 20/11 - 10h40 - G2

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