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Artes conquista medalhas, mas é rebaixada na CIA 2023

Atualizado: 21 de jun. de 2023

Atlética do Arlequim subiu ao pódio três vezes em Uberaba, mas pontuação não foi suficiente e amargou o segundo descenso consecutivo


Por Mateus Batista


Vitor (à esquerda), Guilherme (ao centro) e João Pedro (à direita) foram os únicos medalhistas de esportes coletivos da Artes na CIA 2023- conquistaram o bronze na peteca masculina | Foto: Deborah Caprioli

A Atlética das Artes conquistou uma medalha de ouro e duas de bronze, mas foi rebaixada na Copa Inter Atléticas (CIA) pelo segundo ano seguido. Durante a competição, disputada entre os dias 8 e 11 de junho, o Arlequim somou 11 pontos e terminou na 15ª colocação entre as 16 atléticas participantes da segunda divisão.


Nas modalidades individuais, os atletas do Arlequim conquistaram duas medalhas. A presidente da atlética Renata Britto, estudante de Arquitetura e Urbanismo e mestranda em Artes Cênicas na UFU, garantiu o ouro após atingir a marca de 8,39m no arremesso de peso. Tiago Paulo, também do curso de Arquitetura e Urbanismo, ficou com o bronze na natação, modalidade 50m livre.


Nas modalidades coletivas, o time de peteca manteve sua tradição após o ouro em 2019 e, mais uma vez, subiu no pódio. Dessa vez, levou o bronze no masculino. Vitor Queiroz, o “Vitim”, graduando do Design, foi o atleta destaque nas duas vitórias da Artes na competição e formou a equipe junto de Guilherme Siqueira, do curso de Teatro, e João Pedro Rezende, estudante de Música.


Agora, a Artes, que completará uma década de existência no ano que vem, direciona suas atenções para a disputa da próxima Olimpíada UFU, que começará em outubro.


A história da Artes na CIA 2023


Após a queda no ano passado, a gestão esportiva do Arlequim já sabia que uma volta para a primeira divisão seria difícil. Apesar disso, o senso de companheirismo e coletividade foi destacado por alguns atletas e pela gestão, assim como a dor do rebaixamento.


“Apesar de já sabermos o nosso resultado no segundo dia de competição da CIA, no quarto dia, quando ouvimos nosso nome na 15ª colocação, foi como perder a Copa do Mundo pelo segundo ano consecutivo. Todo mundo chorou”, destacou Renata.


E mesmo com o sabor da medalha, o cenário do rebaixamento também foi sentido pela equipe de peteca masculina. “(O rebaixamento) Realmente nos machucou muito. Foram meses de treino, amistosos, reuniões e preparação. Passamos por momentos muito difíceis antes e durante a CIA e, infelizmente, não conseguimos manter a Artes na segunda divisão", apontou Vitor.


Ao ser questionada sobre os motivos do descenso, Renata relatou que o nível da competição tem aumentado e afirmou que o grande desafio da atlética nos últimos anos tem sido transformar os estudantes em atletas, visto que a maioria deles inicia sua trajetória esportiva na atlética. "É uma qualidade e frequência de treinamento necessária que ainda não temos estrutura para oferecer. Por isso, acabamos não nos saindo muito bem em algumas modalidades", complementa a medalhista.


Além disso, a presidente apontou a existência de uma questão interna administrativa na atlética este ano, o que limitou a Artes em diversos sentidos e refletiu nos atletas e em treinamentos. “(Essa questão) Influenciou de forma negativa ao ponto de não conseguirmos passar em nenhuma modalidade coletiva, salvo peteca”, complementou.


Apesar da frustração, a ex-capitã dos Arlekings adotou um tom otimista para o futuro ao apontar que a gestão já tem conhecimento da raiz do problema e que a atlética busca uma reestruturação. “Leva tempo até colocar a casa em ordem, mas quando isso acontecer, dou minha palavra de que vai ser difícil parar a gente. Melhor que vencer, é vencer depois de ser derrotado. Nada se compara ao prazer da superação”.


Os destaques da Artes na CIA 2023


“Vamos buscar o nosso lugar merecido, não importa em qual divisão seja”, segundo Renata | Foto: Ana Flávia dos Reis

Mesmo com uma campanha abaixo nas modalidades coletivas, a Artes manteve sua tradição na peteca. Após o ouro na primeira divisão em 2019, o Arlequim conseguiu levantar sua bandeira rosa, azul e amarela ao pódio ao conquistar o bronze.


Sem deixar a peteca cair, a Atlética do Arlequim ficou na terceira posição da modalidade após vencer a Engenharia Pontal nas oitavas e a FZEA nas quartas, ambas por 2 a 0. A Artes só perdeu para a campeã Medusa nas semifinais pelo mesmo placar e, como não há disputa de terceiro lugar, a medalha de bronze veio por conta da vitória dos carrascos da fase anterior.


Vitim, que começou a praticar o esporte na adolescência em Santa Vitória, interior do estado, entrou para a atlética em 2019 e retratou como o esporte é completamente diferente daquele em que estava acostumado a jogar na escola: “Eu não fazia ideia de que tinha tempo para atacar e defender, por exemplo. Foi quase como aprender outro esporte”.


O estudante de Design também aproveitou para elogiar o apoio dos torcedores da Artes, ao mesmo tempo em que apontou a falta de apoio do público geral em comparação a outros esportes e outras atléticas: “O apoio que nossos times recebem de nossa atlética é muito importante, e tenho muito orgulho de tê-los com a gente, pois isso faz toda a diferença”.


Nas modalidades individuais, a Artes conquistou outras duas medalhas. Na natação, Tiago Paulo garantiu o bronze após ficar na terceira posição dos 50m livre masculino, enquanto Renata Britto conquistou o ouro depois de alcançar 8,39m no arremesso de peso.


Tiago começou a acompanhar os treinos na atlética há pouco mais de um ano, mas sua trajetória nas piscinas vem desde os três anos de idade, quando começou a nadar para tratar uma dificuldade respiratória que ele tem desde pequeno. Mesmo com toda essa experiência, o estudante do sexto período de Arquitetura e Urbanismo contou que não esperava uma medalha.


“Nas últimas semanas, não consegui conciliar os treinos com as demandas de final de semestre, mas sabia que a possibilidade de me sair melhor do que no ano passado era grande por estar competindo na segunda divisão”, relatou o atleta, que agora visa máximo comprometimento nos treinos semanais para melhorar sua pontuação nas próximas competições.


“Tem gente com muito potencial na Artes”, relatou Tiago em entrevista | Foto: Maria Gabriela da Silva

Já Renata, medalhista de ouro, foi bem enfática ao relatar sua conquista: “Diante de tantas coisas que influenciaram negativamente nos nossos resultados, eu como presidente sentia que devia isso aos meus. Eu olhava pra ela e pensava ‘consegui, tô levando pra casa, Nação. É nossa!’”


A presidente também relatou que se emocionou com as outras conquistas da atlética, que chegaram antes, e aproveitou para tecer elogios ao trio da peteca e a Tiago, medalhista na natação, especialmente na dedicação dos atletas nos treinos e durante a competição, e também aproveitou para declarar o que a Artes significa para ela.


“Representa muita coisa pra mim. Amor, companheirismo, superação, resiliência, luta, perseverança, resistência... Além de tudo isso que a gente fala com frequência, também representa aprendizado, erros, acertos, paciência. Eu te amo, Atlética das Artes!”, encerrou.


Resultados da Artes na CIA 2023


Medalha de ouro:

  • Arremesso de peso: Renata Britto (8,39m)


Medalhas de bronze:

  • Natação: Tiago Paulo (50m livre - 29"50)

  • Peteca masculina: Vitor Queiroz, Guilherme Siqueira e João Pedro Rezende


Ficha técnica da Artes


  • Nome: Associação Atlética Acadêmica das Artes

  • Apelido: Artes

  • Mascote: Arlequim

  • Fundação: 2014

  • Campus da UFU: Santa Mônica - Uberlândia

  • Sede na UFU: Primeiro andar no Bloco 3Q

  • Cursos da atlética: Arquitetura, Artes Visuais, Dança, Design, Música e Teatro

  • Presidência: Renata Britto e Ana Flávia dos Reis

  • Diretoria de esportes: Isadora Santos, Maria Gabriela da Silva, Nathy Mendes e Caetano Gonçalves

  • Primeira participação na CIA: 2017

  • Melhor campanha na CIA: 9º na 1ª divisão em 2018

  • Campanha na CIA em 2023: 15° na 2° divisão




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